Desde que entrou em funcionamento no passado dia 01 de junho, a linha permite orientar as grávidas, que assim deixaram de ter de andar à procura de um serviço de urgência aberto, disse Ana Paula Martins na comissão parlamentar de Saúde em resposta a questões levantadas pela deputada socialista Mariana Vieira da Silva sobre as urgências.

“Não andam à procura, a bater de porta em porta, nem ficam sentadas à porta das maternidades à espera que o CODU [do INEM] as venha buscar, o que não era raro acontecer, porque sabem exatamente para onde é que vão”, disse a governante no parlamento, onde está a ser ouvida sobre o Plano de Emergência e Transformação da Saúde.

Segundo a ministra, 75% das grávidas são encaminhadas para o SO (serviço de observação) porque “estão em trabalho de parto ou estão em situação que precisam de apoio complexo”.

Perante estes dados, a ministra considerou que, pelo menos até agora, houve uma melhoria nesta área.

Dirigindo-se a Mariana Vieira da Silva, disse que houve uma melhoria, porque atualmente existe, pelo menos, uma maternidade aberta na Península de Setúbal, “que era uma coisa que no período homólogo do ano passado” não havia.

“Apesar de, com certeza, termos muitas horas de espera [nas urgências], isso não tem a ver com obstetrícia”, vincou.

A ministra anunciou que os mapas das urgências vão ser publicados, a partir de quinta-feira, no Portal do SNS, e explicou que isso ainda não aconteceu porque a Direção Executiva do SNS, que ainda está em funções, considerou que “não é gestão corrente colocar os mapas nos ‘sites’”.

Disse também que o nome do próximo diretor executivo do SNS, António Gandra d'Almeida, nomeado a 22 de maio, “já foi à Cresap [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública]” e se o parecer for favorável poderá haver “uma resolução do Conselho de Ministros nesta ou na próxima semana sobre a nomeação”.

Na audição, a ministra falou ainda sobre a importância dos centros de atendimento clínico para tirar os doentes sem gravidade das urgências.

“Não estamos a dizer que são a solução de todos os males, o que estamos a dizer é que nas grandes áreas metropolitanas, onde não há médicos de família suficientes e onde 70% das urgências básicas são feitas em ambiente hospitalar complexo e polivalente, nós entendemos que os verdes e azuis (situações pouco urgentes e não urgentes) devem ser atendidos, mas devem ser atendidos em centros de atendimento clínico ou nos cuidados de saúde primários.