“Até data ultrapassamos as 200.000 inscrições, mas isso não é motivo nem de muita alegria, nem de tristeza, pelo contrário porque o historial das inscrições nas jornadas é tipo montanha russa. Há uma subida até ao Natal, depois desce, com a Páscoa há uma subida imediata e depois desce e no verão há uma corrida às inscrições, e depois desce, foi o que aconteceu nas jornadas anteriores”, disse aos jornalistas o bispo Américo Aguiar.
O presidente da Fundação JMJ, que falava após a assinatura de um protocolo com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de a Portugal (AHRESP) para permitir identificar uma rede de restaurantes e similares para o fornecimento de refeições aos peregrinos durante a JMJ, precisou que este número de inscrições significa “apenas uma sinalização daquilo que começa a ser o sentido da juventude do mundo inteiro para a participação”.
“Mais do que o número propriamente dito anima-me mais a diversidade dos países, temos mais de 100 países com grupos que sinalizaram o seu desejo de inscrição, e até países que à primeira vista estranhamos, como o Paquistão ou países árabes”, salientou.
Américo Aguiar disse também que a Fundação nunca falou sobre o número de peregrinos que podem vir a participar nas JMJ “para não criar falsas expectativas”.
Sobre o processo de alojamento, o responsável explicou que vai ser diferenciado, mas vai ser dado privilégio ao acolhimento de peregrinos em casas de famílias.
O bispo Américo Aguiar referiu que as famílias vão ter que oferecer o pequeno-almoço e só pode alojar dois ou mais peregrinos.
O presidente da Fundação JMJ avançou que o segundo critério de alojamento passa pelos espaços coletivos, como escolas, pavilhões e instalações militares, e “quando tudo estiver esgotado” passa-se para o “plano três” que são as tendas de campanhas.
“É um desafio logístico elevado”, disse.
A JMJ é o maior evento organizado pela Igreja Católica, tendo o anúncio da escolha de Lisboa para receber esta edição sido feito em 27 de janeiro de 2019, na Cidade do Panamá.
Inicialmente prevista para agosto de 2022, a JMJ foi adiada por um ano devido à pandemia de covid-19.
Portugal será o segundo país lusófono, depois do Brasil, a acolher uma Jornada Mundial da Juventude, criada em 1985 pelo Papa João Paulo II (1920-2005).
O Papa Francisco é esperado em Portugal no verão de 2023 para o encerramento da JMJ.
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