A informação foi avançada à agência de notícias Efe por um porta-voz da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

“Os últimos números de chegada relatados diretamente pelo Ministério das Relações Exteriores [egípcio] ao ACNUR, em 7 de maio, são de mais de 64.000 pessoas que cruzaram [a fronteira] para o Egito, incluindo 60.222 sudaneses”, afirmou Christine Beshay, porta-voz da agência das Nações Unidas no Egito.

A representante do ACNUR indicou que a maioria das pessoas que procuram refúgio são “mulheres e crianças com necessidades urgentes que incluem atenção médica, alimentos, água e transporte”.

Os combates, que não pararam apesar da entrada em vigor de várias cessações de hostilidades, causaram até agora mais de 550 mortos e feriram mais de 5.000, agravando a crise humanitária que já assolava o Sudão e afetando grande parte das instalações de saúde do Sudão.

O Egipto continua a ser o país que mais recebe sudaneses em fuga do conflito no seu território.

Segundo dados do ACNUR, cerca de 100.000 pessoas já passaram do Sudão para outros países fronteiriços, sendo o Egipto e o Chade os que mais receberam refugiados, através das suas travessias terrestres.

A agência das Nações Unidas estima que são necessários de 445 milhões de dólares para ajudar as 860.000 pessoas que deverão deixar no Sudão nos próximos seis meses devido aos confrontos entre o Exército, liderado por Abdelfatah al Burhan, e as FAR, lideradas por Mohamed Hamdan Dagalo, também conhecido como Hemedti.

Com esta ajuda, a ACNUR pretende apoiar financeiramente o Chade, o Sudão do Sul, o Egipto, a Etiópia e a República Centro-Africana, países de acolhimento dos principais fluxos de refugiados.

Nas últimas três semanas, os combates causaram igualmente o deslocamento de 330 mil pessoas dentro do Sudão.

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