“Três em cada quatro são mulheres e crianças, alguns destes menores viajam sozinhos, e a maioria dos refugiados, especialmente os mais jovens, precisam de ajuda psicológica e social, uma vez que fugiram de um conflito”, disse o porta-voz do ACNUR, Andrej Mahecic, numa conferência de imprensa.

A maioria destas 7.100 pessoas encontra-se neste momento no campo de refugiados de Bardarash, a cerca de 140 quilómetros a leste da fronteira sírio-iraquiana.

Este campo está abastecido com rede elétrica, água e um sistema de saneamento (esgotos).

O ACNUR alertou, no entanto, que os serviços no campo de Bardarash poderão em breve ficar sobrecarregados, uma vez que o número de chegadas continua a aumentar.

Nos últimos oito anos, desde o início do conflito na Síria (em 2011), perto de 229.000 refugiados sírios chegaram ao Iraque, após terem conseguido fugir da guerra no território sírio.

A Turquia lançou, a 09 de outubro, uma ofensiva no nordeste da Síria contra a milícia curda das Unidades de Proteção Popular (YPG), aliada dos ocidentais no combate aos ‘jihadistas’ do grupo Estado Islâmico, mas considerada terrorista por Ancara.

O objetivo da operação é criar uma “zona de segurança” de 32 quilómetros de extensão ao longo da fronteira entre a Turquia e Síria para manter as YPG à distância e repatriar uma parte dos 3,6 milhões de refugiados sírios que atualmente vivem no território turco.

Na semana passada, os Estados Unidos e a Turquia anunciaram um acordo de cessar-fogo de cinco dias naquela região, de forma a desencadear a retirada das forças curdas.

A trégua expira hoje às 20:00 hora de Lisboa.

A ofensiva de Ancara abriu uma nova frente na guerra da Síria que já causou mais de 370.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados desde que foi desencadeada em 2011.

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