Este domingo, a música deu lugar ao protesto na Fundação Gulbenkian, em Lisboa. O Quarteto Jerusalém encontrava-se a interpretar Quarteto Para Cordas nº 1, do compositor checo Bedřich Smetana, quando um grupo de manifestantes pró-Palestina se levantou na plateia e interrompeu a atuação, noticia o Expresso.

De acordo com o semanário, em causa está a proveniência israelita de Alexandre Pavlovsky, Sergei Bresler, Kyril Zlotiknov e Ori Kam, sendo que as suas atuações já foram interrompidas por três ocasiões desde que o quarteto começou a apresentar-se na Gulbenkian, ou seja, nos últimos nove anos.

As autoridades já estavam preparadas para a eventualidade de uma interrupção desta natureza, já se encontravam várias viaturas da Polícia de Segurança Pública estacionadas à entrada da Gulbenkian ainda antes da atuação do Quarteto Jerusalém ter início.

Segundo o Expresso, houve dois momentos de interrupção. No primeiro, alguns seguranças retiraram três manifestantes sentados na primeira plateia, sendo que uma das jovens mostrou uma bandeira palestiniana e chegou mesmo a ser agarrada por um dos espectadores. Entretanto, enquanto tal acontecia, alguém lançou uma chuva de panfletos a partir da segunda plateia.

No segundo momento, manifestantes dispersos pelas duas plateias começaram a gritar palavras de ordem como “Free Palestine” [Palestina livre] e “genocide” [genocídio]. A interrupção levou o público a ripostar não só insultos e vaias, como também com palavras de incentivo e aplausos aos músicos. De acordo com o Expresso, os manifestantes deixaram-se retirar da sala por um contigente de polícias, assim como por um grupo de seguranças.