
“Este aumento deve-se em grande parte à expansão das políticas de isenção de visto pela China, sendo que o posto fronteiriço terrestre de Zhuhai é o único no território continental chinês que oferece acesso rodoviário direto ao Aeroporto Internacional de Hong Kong”, avançou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
Até domingo, o número total de viagens através da ponte tinha aumentado 18,9% em termos homólogos, ultrapassando os 10 milhões de passageiros, meta alcançada 25 dias mais cedo do que em 2024.
De acordo com a Xinhua, as viagens de residentes do continente chinês aumentaram 30,3% para 4,18 milhões, enquanto as travessias de veículos registados em Hong Kong e Macau pelo posto fronteiriço de Zhuhai subiram 32,4% para quase 1,2 milhões este ano, com uma média diária superior a 10 mil.
A ponte, que liga a região semiautónoma chinesa de Hong Kong à região de Macau e à cidade vizinha de Macau, no sudeste da China, é a mais longa travessia marítima do mundo e foi inaugurada em 2018.
A construção da ponte arrancou em 2009, mas foi afetada por atrasos, a morte de mais de 20 trabalhadores e derrapagens orçamentais. O custo final da infraestrutura está estimado em 16,4 mil milhões de dólares (14,4 mil milhões de euros), mais 25% do que o inicialmente previsto.
A ponte tem uma extensão de cerca de 55 quilómetros, que incluem um túnel subterrâneo de quase sete quilómetros entre duas ilhas artificiais para facilitar a navegação no delta do Rio das Pérolas.
A infraestrutura, que reduziu em cerca de metade o tempo de viagem entre Macau e Hong Kong, foi apontada pelo Governo da China como um importante símbolo da política de integração da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
O produto interno bruto da área que compõe a Grande Baía, cuja população é de cerca de 70 milhões de habitantes, supera os 1,5 biliões de dólares, maior que as economias da Austrália, Indonésia ou México, países que integram o bloco G20.
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