Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a reunião bilateral, que decorreu no Palácio Itamaraty, em Brasília, “correu muito bem, à medida dos 200 anos de História do Brasil”, e não se falou da campanha para a Presidência da República do Brasil.

“Eu aproveitei para contar a história de D. Pedro, a vida de D. Pedro. Isso foi um grande ponto de partida”, declarou aos jornalistas.

Depois da reunião com Bolsonaro, o Presidente português visitou no Itamaraty o espaço onde está exposto o coração de D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal, conservado em formol e guardado numa cápsula de vidro, que foi trazido de Portugal para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil.

A seguir, antes de deixar o Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa prestou declarações à comunicação social.

O Presidente português referiu ter contado a Bolsonaro que D. Pedro, “com menos de 35 anos tinha nascido e morrido no mesmo quarto do Palácio de Queluz, atravessado o Atlântico mais de uma vez, sido imperador do Brasil, sido rei de Portugal, vencido uma guerra civil e depois, com o trono nas mãos de sua filha, morrendo de tuberculose, logo a seguir a essa vitória”.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, no encontrou falou-se sobre ”como o Brasil se foi afirmando ao longo dos 200 anos e a projeção hoje”.

“E falei obviamente, tinha de falar, do peso dos brasileiros em Portugal, que vão a caminho dos 250 mil — o que, para 10 milhões de habitantes, é um peso muito apreciável”, acrescentou.

Questionado se não conversaram acerca da campanha eleitoral em curso no Brasil, à qual são candidatos, entre outros, Jair Bolsonaro e Lula da Silva, o chefe de Estado português respondeu: “Não, não se falou. Estava ali um Presidente da República com outro Presidente da República e, portanto, não se ia falar de problemas internos nem de um Estado nem do outro”.