Questionado pelos jornalistas à margem de uma visita ao Zoo de Lagos, no Algarve, Marcelo Rebelo de Sousa recusou “dar uma nota” a si próprio pelo seu empenho na visibilidade do turismo algarvio, preferindo pontuar o trabalho de outros agentes no seto5.
“Quem teria uma positiva muito elevada seria quem no Algarve tem feito de tudo para mudar [o turismo] de 0%, para 50% e em alguns casos 60%”, afirmou o chefe de Estado, adiantando que é necessário que essa nota “seja dada pelos portugueses e estrangeiros” que fazem crescer o turismo no Algarve.
O Presidente da República destacou “os empresários, hoteleiros, trabalhadores, os autarcas e a sociedades civil” que conseguiram ir “arrancando os motores” e recuperar os valores do turismo que “eram zero” no final de junho, quando iniciou as vistas semanais à região.
“E zero era mesmo zero”, frisou.
Na terça-feira, antes de um jantar com autarcas algarvios, o chefe de Estado tinha destacado que, comparado com o que viu “há quatro ou cinco semanas”, a região está no bom caminho. “Lento, mas estamos bom caminho”, declarou.
“Agora estamos entre os 40, 50%. É uma subida muito rápida, mas temos de admitir que é ainda pouca coisa comparado com o panorama em anos anteriores, mas é um esforço muito grande que está a ser feito”, afirmou, destacando o esforço dos autarcas algarvios, que “não pararam”, tendo já apresentado “o seu caderno reivindicativo ao Governo”.
Ainda na terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que vai “continuar a acompanhar a situação” na região e que “vai haver mais vindas em agosto, setembro e outubro”.
“Todos sabem que o Presidente da República dedica ao Algarve mais atenção que às outras regiões do país, porque o turismo tem uma importância fundamental na economia região, em percentagem, em empregos e criação de riqueza e contributo para o país”, declarou.
O chefe de Estado defendeu que são necessárias “verbas específicas para a diversificação” do setor económico algarvio, que podem ir desde a “investigação à universidade, ao digital, ao mar, à agricultura, à ligação da indústria à agricultura e à criação de novos serviços”.
“Todos temos a noção de que tudo isso é muito importante, mas precisa de uma coluna vertebral que não vacile, que é o turismo e é essencial que recupere”, realçou.
Desde o final de junho, o Presidente da República já visitou os concelhos de Albufeira, Vila Real de Santo António, Tavira, Loulé, Lagoa e Lagos, tendo anunciado que “no fim de semana será a vez de Silves”.
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