No seu discurso na cerimónia comemorativa dos 700 anos da Marinha portuguesa, na Praça do Comércio, Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que Portugal "é uma nação marítima" e que o mar "representa um imprescindível fator de desenvolvimento".

Contudo, advertiu, "não há desenvolvimento sem segurança e não há segurança sem as Forças Armadas e sem a Marinha".

Num tempo em que a soberania se alargou e a "defesa de todos se faz hoje aquém e além fronteiras", disse, "o orgulho no passado e a segurança no presente não bastam para garantir o futuro".

"Não sendo a defesa de Portugal delegável, para apontar para esse futuro é necessário continuar a investir na Armada, investir nas pessoas, na dignificação das mulheres e homens que escolheram a carreira das armas para servir Portugal", defendeu.

"É necessário investir também nas capacidades, no apoio de retaguarda, nos meios que asseguram a autoridade do Estado no mar, a segurança marítima, a vigilância das nossas águas, o estrito acesso à nossa plataforma continental", especificou.

Antes, o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrelo, começou por assinalar a "feliz coincidência" de o aniversário do Presidente da República coincidir com o aniversário da Marinha, no dia de hoje, 12 de dezembro.

"E certo de interpretar o sentimento de todos os portugueses, desejar-lhe muitos anos de vida", disse.

Para o secretário de Estado, "os próximos anos são de mar", impondo-se "dar ao mar as condições e os meios para que ele seja um grande aliado" da independência e soberania nacionais, da relevância internacional e da afirmação geopolítica.

Segundo Marcos Perestrelo, que substituiu o ministro da Defesa Nacional, que se encontra em Paris para uma reunião da Iniciativa 5+5, "é fundamental proteger e defender o mar português" já que dele "dependem largamente as economias e a segurança da Europa e de Portugal".

A cerimónia contou com um desfile com mais de 800 militares da Marinha, destacando-se um pelotão de fuzileiros da Brigada Real da Marinha com a mesma forma de marchar e com os uniformes à época (século XVIII).

Antigos combatentes, muito aplaudidos pelos populares que assistiam à cerimónia, e fuzileiros também marcaram presença no desfile, que terminou com uma demonstração de um helicóptero "Lynx".

No rio Tejo estiveram 24 navios e embarcações portuguesas, comandados pelo NRP Vasco da Gama, e cinco navios representantes das marinhas do Reino Unido, Espanha, França, Bélgica, e Estados Unidos da América.

(Notícia atualizada às 18h33)

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