Marcelo Rebelo de Sousa assumiu esta posição em declarações aos jornalistas, no Jardim da Cerca da Graça, em Lisboa, após ter sido abordado por uma mulher que lhe pediu que "não deixe o petróleo", que "não deixe o furo" avançar.

"Ai, o petróleo, você é de Aljezur?", perguntou-lhe o chefe de Estado, ouvindo em resposta: "Não sou nada, sou de Cascais, já fiz bodyboard consigo, já me ensinou a fazer bodyboard há muitos anos".

A mulher argumentou que "a pureza da paisagem" é o futuro de Portugal. "Não vamos andar para trás, por favor ajude-nos", apelou.

"Mas, já viu que o Governo não aprovou nenhuma mais concessão para o futuro? Resta só aquela", retorquiu o Presidente da República, sem convencer, contudo, a sua interlocutora, que afirmou que "nenhuma" deveria existir.

Depois, questionado pela comunicação social, Marcelo Rebelo de Sousa declarou que "o Presidente acompanha, já há muito tempo, essa questão".

"E acompanha o que o Governo vai fazendo, com uma posição equilibrada, para tentar, sem suscitar muitos problemas jurídicos, encontrar um caminho que seja um caminho, que o Governo tem defendido, aliás, de defesa do ambiente e de preservação do ambiente", acrescentou.