“Tenho uma excelente relação com a PSP, com o diretor nacional da PSP e com toda a estrutura da PSP”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de uma cerimónia de entrega de prémios em Lisboa.

Em 29 de junho, o diretor nacional da polícia, Magina da Silva, publicou um comunicado, face às críticas de vários sindicatos, no qual referiu que tem uma “excelente” relação com os órgãos de soberania, incluindo a Presidência da República.

Questionado sobre estas declarações, o Presidente da República respondeu que tem “uma excelente relação com a PSP” e que não tem “nenhum problema” em destacar o papel desempenhado por Magina da Silva nos últimos anos, em particular durante a pandemia e na organização de eventos como a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas — que se realizou na última semana em Lisboa — “com as possibilidades que [a PSP] tem e os meios de que dispõe”.

O Diário de Notícias noticiou em 29 de junho a existência de um clima de rutura na PSP com o diretor nacional.

“A PSP e o seu diretor nacional não têm estado bem. A PSP está a atravessar momentos difíceis, complexos e, mais grave, o diretor nacional não está à altura e o servilismo e resignação dos comandantes é gritante. Trabalho extraordinário, falta de atratividade, ausência de candidatos à PSP, dificílima gestão de meios, clima de medo impera”, referiu àquele jornal o presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP-PSP), Jorge Santos.

Interpelado sobre as posições dos sindicatos, o Presidente da República preferiu não se imiscuir no que considerou ser “o exercício normal da democracia” através da intervenção sindical.