A XXV Cimeira Ibero-americana, dedicada ao lema da Juventude, Empreendedorismo e Educação, juntará na Colômbia os chefes de Estado e de Governo de 22 países — Portugal, Espanha e Andorra e 19 países da América Latina — e acontece dois anos após a última reunião, realizada em Veracruz, México, em 2014, quando estes encontros passaram a bienais.

Esta será a primeira Cimeira Ibero-Americana quer de Marcelo Rebelo de Sousa, que tomou posse em março, quer de António Costa, que tomou posse em novembro do ano passado. O evento contará ainda com a participação do secretário-geral designado das Nações Unidas, o também português António Guterres.

Ainda antes da cimeira, já em Cartagena das Índias – onde aterrou quinta-feira à noite (madrugada de hoje em Lisboa) vindo de uma visita de Estado de dois dias a Cuba – o Presidente da República terá encontros bilaterais com os seus homólogos da Colômbia e do Peru, Juan Manuel Santos e Pedro Pablo Kuczynski, visita o centro histórico de Cartagena, reúne-se com empresários e participa, com outros chefes de Estado, num debate no Fórum empresarial ibero-americano.

O arranque da cimeira está marcado para as 20:00 locais (02:00 de sábado em Lisboa) com o jantar oficial de chefes de Estado e de Governo.

No sábado, a sessão de abertura da Cimeira arrancará pelas 10:00 (16:00 em Lisboa), com o encerramento previsto para o meio da tarde. A conferência de imprensa nacional está marcada para as 17:30 (23:30 em Lisboa).

Em entrevista à agência Lusa esta semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse esperar que esta cimeira seja “um incentivo aos colombianos no esforço para uma paz duradoura”, destacando ainda a participação do próximo secretário-geral designado das Nações Unidas, António Guterres.

“Dá a possibilidade de os chefes de Estado e de Governo ouvirem diretamente o novo secretário-geral”, disse Santos Silva.

O Governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) assinaram, no mês passado, um acordo de paz, após quase quatro anos de conversações em Havana, Cuba, para terminar um conflito armado que se prolonga há 52 anos. O ato justificou a atribuição do prémio Nobel da Paz ao Presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

Em entrevista à agência EFE esta semana, Marcelo Rebelo de Sousa disse que levará à Cimeira uma mensagem muito clara: a de que a América Latina é uma prioridade constante para Portugal.

Também em Cuba, o chefe de Estado português apontou a América Latina como uma “grande opção de política externa”, região com a qual Portugal tem intensificado relações económicas.

À EFE, Marcelo destacou que esta será a XXV Cimeira Ibero-Americana em que Portugal estará representado pelo seu presidente e primeiro-ministro.

“Portugal manteve sempre, e independentemente da cor política no poder, uma constância no seu interesse ao mais alto nível político pelo debate e espírito de amizade e solidariedade com a comunidade ibero-americana”, sublinhou.

Depois da Cimeira Ibero-Americana, o Presidente da República participará com o primeiro-ministro na Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Brasília, na segunda e na terça-feira.

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