“O combate à corrupção é uma grande prioridade para Portugal e para mim desde o início do meu mandato”, declarou o chefe de Estado, que falava à imprensa após reuniões com altos responsáveis do Conselho da Europa, na cidade francesa de Estrasburgo.

Recordando o apoio transmitido na terça-feira à procuradora-geral da República, Lucília Gago, ao combate à corrupção como prioridade nacional e à autonomia do Ministério Público em todas as circunstâncias, Marcelo Rebelo de Sousa falou “numa conquista da democracia portuguesa”.

“Nesse sentido, é importante manifestá-lo porque temos a noção de que, à medida que se vai mais longe na investigação em casos de corrupção, mais se está a responder ao apelo da sociedade portuguesa e das sociedades democráticas”, notou.

E vincou: “Não podemos parar com essa resposta”.

O chefe de Estado visita hoje o Conselho da Europa, em Estrasburgo, no seguimento de um convite feito pela presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Liliane Maury Pasquier.

Portugal foi o país com a maior proporção (73%) de recomendações não implementadas do Grupo de Estados Contra a Corrupção (GRECO) do Conselho da Europa, seguido da Turquia (70%), indica o relatório de 2018 deste órgão de monitorização anticorrupção do Conselho da Europa, divulgado na terça-feira.

Segundo o relatório, que analisa o nível de implementação de recomendações para prevenir a corrupção no sistema judiciário, no que diz respeito ao número total de medidas não aplicadas, a Turquia surge à frente com 26 medidas não implementadas, seguido de Portugal (11), Grécia (10), Sérvia (10), Bélgica (oito) e Bósnia-Hergozina (oito).

Para Marcelo Rebelo de Sousa, estas recomendações do GRECO são “um exemplo de como o Conselho da Europa tem influência em Portugal a todos os níveis”.

O responsável adiantou que, por isso, na próxima semana, “estarão em votação na Assembleia da República várias leis para a transparência em matéria de relações de parentesco no exercício de funções públicas e nos novos estatutos para juízes e para o Ministério Público”.

“Uma boa parte das recomendações do GRECO vão, finalmente, encontrar uma ou várias respostas em leis e depois na aplicação dessas leis”, adiantou.

As declarações foram feitas aos jornalistas após uma reunião com o secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjorn Jagland, e com a presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Liliane Maury Pasquier, ambas no Conselho da Europa.

(Notícia atualizada às 12h05)

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