Estas posições constam de uma mensagem que foi publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet logo após o fim da sessão solene em que Zelensky discursou por videoconferência, na qual Marcelo Rebelo de Sousa esteve presente.

"Portugal esteve, desde a primeira hora, e está e estará sempre, com o heroico povo ucraniano e a sua luta, apoiando, nomeadamente na União Europeia (UE), na NATO e nas Nações Unidas (ONU), e acolhendo, na tão excecional comunidade ucraniana que entre nós vive, todas e todos os que, vindos da Ucrânia, até nós queiram vir e cá ficar", lê-se no texto.

"Nesta hora, em que só há lugar para a humanidade, a fraternidade e a solidariedade, somos todos ucranianos", afirma o chefe de Estado português.

Nesta mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa começa por agradecer ao Presidente da República da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, "a intervenção de hoje na Assembleia da República, dirigida a todos os Portugueses".

"E, mais do que isso, agradece, na sua pessoa, ao martirizado povo ucraniano o exemplo que tem dado ao mundo, há quase dois meses de guerra. Agradece a coragem, a resistência, o sentido de afirmação de independência, de soberania, de unidade nacional", acrescenta.

O Presidente da República "agradece a militares e, de modo especial, a civis, devastados pelos horrores da guerra e obrigados a abandonar a sua pátria".

Marcelo considera que discurso de Zelensky “mostra gratidão” a Portugal

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que o discurso do seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, no parlamento português, “mostra gratidão” a Portugal e “uma vontade muito grande de integrar a família europeia”.

“(…) Mostra gratidão do Presidente ucraniano para quem duvidasse se ele agradecia a Portugal e aos portugueses”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, após ser questionado sobre a mensagem de Volodymyr Zelensky na sessão de hoje na Assembleia da República.

Apontando quatro pontos essenciais, o chefe de Estado português salientou o pedido do seu homólogo ucraniano para que Portugal possa, junto dos países de língua oficial portuguesa, transmitir aquilo que é guerra na Ucrânia, a descrição do conflito e a vontade de fazer parte da União Europeia (UE).

“Valeu a pena por todas estas razões. Gratidão em relação ao povo português, em relação a Portugal. Pedido de contacto e transmissão para junto dos nossos irmãos da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] da mensagem do povo ucraniano e pedido em matéria de integração na família europeia”, disse.

“Em geral, a descrição que ele fez correspondeu a metade da mensagem daquilo que se passa, mas também do compromisso de no futuro a Ucrânia tudo fazer pela liberdade, pela democracia, pelo Estado de direito, que é muito importante em termos de integração na família europeia”, acrescentou.

O Presidente da Ucrânia dirigiu-se hoje ao parlamento português por videoconferência, numa sessão solene de boas-vindas que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa.

No seu discurso, Volodymyr Zelensky pediu armamento pesado e o reforço das sanções à Rússia, e deixou um apelo para que Portugal apoie o processo para a Ucrânia aderir à União Europeia e que use a sua influência nos países de língua portuguesa para estes estarem do lado dos ucranianos.