O chefe de Estado, que termina hoje uma visita de Estado de dois dias à Croácia, falava com estudantes croatas de língua portuguesa, num auditório da Universidade de Zagreb, em resposta a um jovem que lhe perguntou "como é ser Presidente de Portugal".

Marcelo Rebelo de Sousa explicou aos estudantes que procura aceitar o máximo de convites que pode, e que tem dificuldade em dizer não: "É difícil. Isso explica porque é que o Presidente tem de ter muita saúde, para poder resistir, porque em todos os sítios tem de comer muito".

"Vai a uma festa popular, come 20 vezes, porque há 20 grupos de pessoas que lhe oferecem comida. E se ele não comer 20 vezes, ficam ofendidos - comer e beber e falar e tirar fotografias. Agora há uma moda das selfies, já ouviram falar", descreveu, fazendo rir os jovens croatas.

O Presidente da República disse que "todos querem ter uma 'selfie', para pôr no Facebook, ou no Instagram", e que "no momento em que se aceita uma 'selfie', começa a aceitar-se todas".

"Portanto, é uma função cansativa, mas é uma função que é muito realizadora. A pessoa sente-se feliz por estar em contacto com os portugueses e com os estrangeiros que visitam Portugal", concluiu.

Na resposta ao estudante que lhe colocou a pergunta, Marcelo Rebelo de Sousa começou por referir que procura "estar próximo das pessoas, isso é a função do Presidente", mas que também lhe compete promulgar as leis, acompanhar a atividade do Governo, e que o Presidente é o Comandante Supremo das Forças Armadas.

"Portanto, tem de visitar todas as semanas, todos os meses, ou a Marinha, ou o Exército ou a força Aérea, para conhecer. Às vezes, pode ter de ir ver missões militares no estrangeiro, e acompanha o fundamental da política externa", acrescentou, explicando desta forma que "o Presidente acaba por ter de dispersar muito a sua atividade".

Marcelo Rebelo de Sousa ressalvou que "cada Presidente é diferente", e há "uns magros, outros gordos, uns mais alegres, outros mais fechados", mas defendeu que têm sido "todos muito bons".

Sobre a sua proximidade em relação aos cidadãos, enquadrou-a na "função representativa" do chefe de Estado, referindo que "o Governo tem de governar, não pode estar tão próximo, tem de estar nos gabinetes a governar".

"E por isso o Presidente recebe convites para ir às festas, às procissões, às universidades, às escolas, às instituições sociais, aos hospitais, em todo o país", justificou, dando como exemplo a visita que vai fazer no início de junho a "todas as ilhas dos Açores, menos uma", São Miguel, onde vai já no próximo fim-de-semana.

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