Em declarações prestadas à margem da receção ao hoquista do Sporting e da Seleção Nacional Ângelo Girão, no âmbito do programa ‘Desportistas no Palácio de Belém’, o chefe de Estado destacou entre os fatores positivos a frequência do pré-escolar, “praticamente no valor que é a meta para 2020”, o emprego entre os 20 e os 34 anos, a circulação na Europa, mais alunos no ensino superior, a diversidade no ensino e um menor número de reprovações.

“Estamos em algumas metas muito próximos daquilo que está previsto para o final do ano que vem. Noutras metas estamos longe daquilo que é a meta de 2020”, disse, elencando como fatores negativos “o abandono, acima da meta para o ano que vem”, e a população adulta que se forma, “no qual Portugal está muito longe”, apresentando apenas 9,8% face à estimativa inicial de 15%.

Paralelamente, o Presidente da República lamentou também o tempo excessivo que as crianças mais pequenas passam nas creches e que, em média, se situa nas 39,1 horas por semana. Segundo o relatório publicado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que fez um retrato do país atual e a evolução na última década, as crianças em Portugal passam mais dez horas por semana nas creches quando comparadas com a média do resto da Europa.

“O pré-escolar arrancou atrasado em relação à Europa, apenas com António Guterres, portanto, estamos a falar de uma realidade com cerca de 20 anos. Houve passos muito rápidos, mas há ainda um buraco entre um e três anos, em que precisamos de ir mais longe e ao nível do que se passa na Europa. Ao mesmo tempo, os pais precisam de ter condições de trabalho para poderem acompanhar as crianças”, concluiu.