"Ressoem as maracas, com Lula presidente a vida vai melhorar", canta um grupo indígena pelo meio de uma dança tradicional, com os corpos cobertos por pinturas tribais.

"Vim acompanhar a posse do Lula porque não gosto de Bolsonaro. Lula é uma pessoa que respeita os indígenas, primeiros habitantes do Brasil", disse à AFP Bepkriti Teseia, de 42 anos, vindo do Pará.

Para chegar à Esplanada dos Ministérios, teve de enfrentar uma fila de quilémetros antes de passar pela minuciosa revista de segurança, com detetores de metais.

Mas nas filas, o clima é de festa. Os militantes, na sua maioria vestidos de vermelho, entoam "Lula, guerreiro do povo brasileiro!" ou exclamam: "A Esplanada é nossa!".

Sofia de Souza Martins, de 15 anos, preferiu vestir o verde e amarelo que os partidários de Jair Bolsonaro vestem há algum tempo.

“Estas cores são para todos!”, disse a estudante que chegou num autocarro de São Paulo.

“Sempre fui muito influenciada pelos meus pais, que também são militantes. Espero que seja uma grande festa, para que possamos voltar a ser felizes”, continua, repetindo a promessa de campanha de Lula.