Em nota divulgada pelo Banco de Portugal (BdP), esta manhã, Mário Centeno afirmou que o presidente da República não o convidou para primeiro-ministro.

"Na sequência dos eventos desencadeados com a demissão do Senhor Primeiro Ministro, no dia 7 de novembro, este convidou-me a refletir sobre as condições que poderiam permitir que assumisse o cargo de Primeiro Ministro", diz a nota enviada em nome do governador do BdP.

"O convite para essa reflexão resultou das conversas que o Senhor Primeiro Ministro teve com o Senhor Presidente da República. Num exercício de cidadania, aceitei refletir", acrescenta Centeno.

"Não foi possível dirimir neste curto espaço de tempo todas as condições de exercício do que me era solicitado. Desta forma, nunca houve uma aceitação do cargo, mas apenas uma concordância em continuar a reflexão e finalizá-la em função da decisão que o Senhor Presidente da República tomaria".

Esta madrugada, em comunicado publicado no sítio da Presidência da República, o presidente negou ter convidado "quem quer que seja para chefiar o Governo, incluindo o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, ou autorizado qualquer contacto para este efeito".

Mário Centeno , confirma que não foi convidado. "É inequívoco que o Senhor Presidente da República não me convidou para chefiar o Governo", conclui o governador.