Em declarações à margem da apresentação do programa da Feira de Março, o autarca referiu que os constrangimentos ainda se verificaram hoje ao início da manhã, afetando as duas primeiras carreiras, que não se realizaram.

Durante este período, segundo Ribau Esteves, as ligações entre o Forte da Barra, em Ílhavo, e São Jacinto, em Aveiro, foram asseguradas por autocarros.

O presidente da Câmara explicou que uma avaria no sistema de inversão do novo ferry elétrico “Salicórnia” levou a Câmara a ativar o antigo ferry “Cale de Aveiro”, que só começou a operar esta terça-feira devido ao mau tempo que se verificou nos últimos dias, com vento e ondulação fortes.

“Quem está a operar neste momento é o Cale de Aveiro e assim vai acontecer até que esteja resolvido o problema no Salicórnia”, explicou o autarca, adiantando que a lancha “Transria” também não estava disponível, por ter uma rede emaranhada na hélice.

Apesar disso, Ribau Esteves desvalorizou a situação, adiantando que a operação do ferry “Salicórnia”, que entrou ao serviço no início deste mês, está a decorrer muito bem, apesar de alguns problemas pontuais que têm surgido no sistema informático.

“O Salicórnia nas suas primeiras semanas de vida já fez 400 viagens. Apenas há um conjunto de afinações para que os sistemas garantam a fiabilidade permanente”, disse Ribau Esteves.

O autarca referiu ainda que nos primeiros três meses de operação em cenário real do ferry elétrico, que custou cerca de nove milhões de euros, incluindo os sistemas de carregamento, a Câmara decidiu manter em operação o antigo ferry “Cale de Aveiro”.

“Esperemos que quando acabar este período dos três meses possamos ter todas as garantias de que estamos bem e possamos proceder ao abate do Cale de Aveiro”, concluiu o autarca.

Nos últimos dias têm surgido várias publicações na rede social “Facebook” de moradores em São Jacinto a protestar contra a falta de ligações fluviais, adiantando que a única alternativa são os autocarros com horários não compatíveis com as necessidades da população.

Os moradores queixam-se ainda da falta de informação da empresa operadora de transportes e da Câmara.