A autarquia do distrito de Coimbra está neste momento a fazer a monitorização de todo o vale afetado pelas cheias do Mondego, sendo que a localidade de Ereira "é o único sítio onde a água está a subir, mas apenas um centímetro", disse à agência Lusa o presidente da Câmara, Emílio Torrão.
"A situação está estável e vamos continuar a monitorizar com alguma paciência", referiu.
Segundo Emílio Torrão, as populações afetadas no vale central do Baixo Mondego "ainda estão com problemas, porque a água vai demorar a baixar", mas "as coisas vão melhorando".
A Estrada Nacional 111, junto a Tentúgal, continua cortada não havendo ainda expectativa de quando é que será reaberta, referiu Emílio Torrão, justificando que no vale do Mondego "o nível da água está a baixar muito lentamente".
"Vamos continuar a monitorizar os níveis de subida e descida de águas, mas não há nenhuma decisão a tomar. A decisão é deixar as pessoas descansarem e gozarem o Natal", afirmou.
Já na segunda-feira, o comandante distrital de operações de socorro de Coimbra tinha referido que tinham começado a surgir os primeiros sinais positivos de melhoria e diminuição do grau de risco.
Os efeitos do mau tempo da semana passada, na sequência das depressões Elsa e Fabien, provocaram dois mortos e um desaparecido e deixaram 144 pessoas desalojadas, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria inundações e quedas de árvores.
O mau tempo levou também a condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, danos na rede elétrica e subida dos caudais de vários rios, provocando inundações em zonas ribeirinhas das regiões Norte e Centro, em particular no distrito de Coimbra.
No rio Mondego, a rutura de dois diques provocou cheias em Montemor-o-Velho, onde várias zonas foram evacuadas e uma grande área, incluindo muitas plantações, estradas e o Centro de Alto Rendimento, ficou submersa.
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