A vantagem de Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, líder do partido Conservador, nas sondagens que antecedem as eleições gerais daquele país, na próxima semana, caiu 10 pontos percentuais nas últimas duas semanas, mostra um estudo da Ipsos MORI.
A menos de uma semana do voto, a sondagem mostra que o share do voto dos conservadores - ou Tories - caiu para os 45%, menos quatro pontos percentuais desde a última sondagem publicada pela Ipsos MORI, a 18 de maio.
Também os níveis de popularidade da primeira-ministra descem para os níveis mais baixos de sempre, caindo dos 55% para os 43%. Theresa May tem estado ausente dos debates na televisão, preferindo enviar representantes.
Em sentido inverso, os Trabalhistas, liderados por Jeremy Corbyn, sobem para os 40% de intenções de voto. Em Londres, o Labour está 17 pontos à frente dos Tories, o partido da atual primeira-ministra britânica.
Uma outra sondagem, da YouGov, publicada esta sexta-feira dá aos conservadores apenas 313 dos 650 lugares no parlamento, menos 13 do que os 326 necessários para assegurar a maioria.
Antes da marcação das eleições antecipadas May contava com 330 deputados conservadores. Ontem, dia 1 de junho, a mesma empresa de sondagens punha os conservadores a apenas nove lugares da maioria. Hoje esse valor já se alterou.
Quem subiu foi o Partido Trabalhista, de Jeremy Corbyn, que passou de uma previsão de 253 lugares, esta quinta-feira, para os 257 lugares hoje. Os restantes lugares irão para o Partido Nacionalista Escocês (48 lugares), para os Democratas Liberais vão dez lugares, dois para o Partido do País de Gales e um para os Verdes.
Outros 18 lugares estão reservados para a Irlanda do Norte e um outro para a opção “outros”, pode ver-se na sondagem.
As legislativas no Reino Unido acontecem no dia 8 de junho, depois de Theresa May, que sucedeu a David Cameron no rescaldo do Brexit, antecipar a ida dos britânicos às urnas. May foi eleita pelos membros do Partido Conservador após a demissão de Cameron, no verão do ano passado.
As sondagens continuam a pô-la na frente, apesar de a margem para o maior partido da oposição, os Trabalhistas de Jeremy Corbyn, estar a diminuir sucessivamente nos últimos meses.
Depois da surpresa com o Brexit, que as sondagens davam como impossível, as previsões para esta eleição devem ser vistas com cautela. Ainda assim, dão conta de uma mudança entre marcação das eleições, por Theresa May, e o confronto com a campanha eleitoral, já que a distância entre os dois principais partidos rondava os 20 pontos percentuais e agora cifra-se nos 5 pontos percentuais.
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