“O ministro da Saúde nomeou hoje André Peralta Santos como subdiretor-geral da Saúde, em regime de substituição. Médico de saúde pública, desempenha funções na Direção-Geral de Saúde como coordenador do projeto PaRIS – Estudo Internacional sobre os Resultados e Experiências dos Utentes com os Serviços de Saúde”, adiantou o gabinete de Manuel Pizarro em comunicado.

A Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) abriu hoje o concurso urgente para diretor-geral da saúde, que será encerrado a 20 de junho.

A abertura do concurso surge poucos dias depois de se ter demitido o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, que estava a substituir a diretora-geral da Saúde durante as férias, e seis meses depois de Graça Freitas ter anunciado publicamente que pretendia deixar o cargo.

André Peralta Santos é especialista em saúde pública desde 2015 e assistente da carreira médica no Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central desde 2016.

É ainda pós-graduado em investigação pela Harvard Business School, mestre em saúde pública pela Universidade Nova de Lisboa e doutorado em saúde global pela University of Washington, Estados Unidos da América, onde foi bolseiro Fulbright.

O novo subdiretor-geral é professor assistente convidado na Escola Nacional de Saúde Pública, onde leciona nas áreas de Epidemiologia e Ciência de Dados, desenvolvendo investigação relacionada com os impactos de choques externos nos sistemas de saúde, em particular, as consequências de doenças infecciosas com potencial epidémico ou pandémico.

Na quarta-feira, Rui Portugal demitiu-se do cargo para o qual tinha sido nomeado em agosto de 2020, confirmou Ministério da Saúde, sem adiantar as razões da demissão.

O processo de substituição de Graça Freitas tem-se prolongado e, apesar de a responsável ter anunciado publicamente em dezembro que ia deixar a liderança da DGS, só no início de maio o Ministério da Saúde enviou à CReSAP o pedido de abertura de concurso.

Em março, Graça Freitas afirmou que a decisão de deixar o cargo foi do foro pessoal.​​​​

Na quinta-feira, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, assegurou que a DGS estava em “plenas funções” e que o concurso para o novo diretor-geral da Saúde deveria abrir nos “próximos dias”.

No mesmo dia, a Iniciativa Liberal apresentou um requerimento para a audição urgente do ministro da Saúde sobre a Direção-Geral da Saúde (DGS), questionando que, se “existir uma emergência de saúde pública, quem é que atua” em Portugal.

(Artigo atualizado às 20h44)