Alexis Corbière anunciou em conferência de imprensa que Mélenchon vai manter o silêncio, apesar das críticas de vários setores, que se multiplicaram em declarações de apoio a Emmanuel Macron (centrista) para evitar uma vitória de Marine Le Pen (extrema-direita) a 7 de maio.
“Devemos distinguir uma opção pessoal de uma opção política”, disse Corbière, confirmando depois que há opiniões diferentes no seio do movimento que apoia Mélenchon, a “França Insubmissa”.
“Os insubmissos”, como têm sido designados em França, devem, portanto, decidir votar no candidato independente centrista Macron, votar em branco ou abster-se, mas sempre sob a clara recomendação “nenhum voto para Marine Le Pen”, disse o porta-voz.
Mélenchon admitiu no domingo a derrota na primeira volta e anunciou a intenção de consultar os militantes para decidir se apoia Emmanuel Macron.
Segundo os resultados definitivos publicados pelo Ministério do Interior francês, o independente Emmanuel Macron venceu a primeira volta das presidenciais francesas com 24,01% dos votos, à frente da líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, que conseguiu 21,30% dos votos.
O candidato conservador François Fillon, do partido republicano, ficou na terceira posição com 20,01% dos votos, seguido pelo candidato da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon com 19,58% dos votos.
Benoît Hamon, candidato do partido socialista francês (no poder), conseguiu pouco menos de 2,3 milhões de votos (6,36%), o valor mais baixo alguma vez registado por um candidato daquela força partidária.
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