De acordo com o relatório da atividade turística, hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “em maio, o mercado britânico representou 25% do total das dormidas de não residentes, seguindo-se o mercado espanhol (quota de 14,3%), alemão (10,8%) e francês (9,0%)”.

No mês em análise, registaram-se 800.000 dormidas de não residentes em Portugal, e, no conjunto dos primeiros cinco meses do ano, o valor ascendeu a 1,7 milhões.

“Em maio de 2021, registaram-se 200.000 dormidas de residentes no Reino Unido. Desde o início da pandemia, maio de 2021 foi o terceiro mês com maior número de dormidas de britânicos, apenas ultrapassado por agosto (217.700 dormidas) e setembro (343.000 dormidas) de 2020, meses em que houve a abertura do corredor aéreo entre o Reino Unido e Portugal”, refere a autoridade estatística.

Comparando com abril de 2021, o mercado britânico foi o que registou maior crescimento absoluto do número de dormidas (mais 179,8 mil), que representaram 34,1% do acréscimo de dormidas de não residentes verificado entre abril e maio.

Por forma a minimizar os impactos da pandemia no seu território, o Reino Unido classificou os países ou territórios numa escala de cores, vermelho, âmbar ou verde, consoante o nível de risco.

O Governo britânico anunciou, em 17 de maio, que Portugal passava a integrar a lista verde de países, o que significava que quem entrasse em Inglaterra vindo de Portugal não teria de ficar em quarentena obrigatória.

Os dados do INE demonstram que a inclusão de Portugal na lista verde de países terá contribuído para a evolução que este mercado apresentou em maio, associado também à realização de importantes eventos desportivos neste mês em Portugal, como a final da Liga dos Campeões da UEFA.

O setor do alojamento turístico manteve o crescimento em maio, com um milhão de hóspedes e 2,1 milhões de dormidas, o que compara com 126.600 hóspedes e 261.600 dormidas no mesmo mês do ano passado, divulgou hoje o INE.

O INE revelou também hoje que “o setor do alojamento turístico registou 1,0 milhões de hóspedes e 2,1 milhões de dormidas em maio de 2021, o que compara com 126.600 hóspedes e 261.600 dormidas em maio de 2020, quando a atividade turística esteve praticamente parada”, ressalvando, porém, que estes valores foram inferiores aos observados em maio de 2019, tendo o número de hóspedes e de dormidas diminuído 62,3% e 68,6%, respetivamente.

Comparando ainda com maio de 2019, observaram-se decréscimos de 22,3% nas dormidas de residentes e 83,8% nas dormidas de não residentes.

Relativamente aos proveitos, atingiram-se globalmente 126,8 milhões de euros nos estabelecimentos de alojamento turístico e 91,7 milhões de euros no que diz respeito a aposento.

Comparando com maio de 2019, os proveitos totais diminuíram 68,9% e os relativos a aposento decresceram 69,7%.