Apesar de se escusar a indicar datas concretas por as obras ainda não terem começado quer naquele troço quer na linha do Hospital, a Metro Mondego afirmou à agência Lusa que “é possível avançar” com a operação urbana do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) em Coimbra no “final de 2024”.
Já a operação do troço entre Serpins (Lousã) e a Portagem continua a estar previsto que entre em serviço “no primeiro trimestre de 2024”, frisou fonte oficial da Metro Mondego.
Na quarta-feira, foi publicado o contrato de adjudicação para a empreitada entre Coimbra-B e a Portagem, no portal de contratos públicos Base, que foi celebrado a 20 de maio, entre a Infraestruturas de Portugal e um consórcio composto por uma empresa portuguesa e outra espanhola.
A empreitada, com um valor de investimento de cerca de 34 milhões de euros, tem um prazo de execução de 994 dias, o que leva a conclusão da obra no centro da cidade de Coimbra para março de 2025, caso essa arrancasse neste mês (ainda será necessário um visto do Tribunal de Contas e auto de consignação).
Questionada pela agência Lusa, a Metro Mondego remeteu para a Infraestruturas de Portugal a previsão de data de consignação da obra, referindo que não tem essa informação.
Em março, aquando da abertura de um concurso público para o fornecimento de veículos para o SMM, a Metro Mondego apontava para março de 2024 “a entrada em serviço” do sistema.
No Relatório e Contas de 2021, a empresa admitia atrasos que pudessem implicar “ajustamentos, nomeadamente no caminho crítico inscrito no cronograma para início da operação do sistema”, num documento em que a Metro Mondego frisava a intenção de, em 2024, ser “finalmente possível assegurar a plena concretização do SMM”.
Os “ajustamentos” de prazos têm sido recorrentes na execução do SMM.
Se no Plano de Atividades e Orçamento para 2021, a Metro Mondego assumia como principal meta colocar em operação o SMM “de forma progressiva, ao longo de 2023”, já no documento do ano seguinte admitia colocar o sistema em operação “ainda no ano de 2023”, entretanto revisto.
O SMM "consiste na implementação de um 'metrobus', utilizando veículos elétricos a baterias que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra", ligando esta cidade a Serpins, no concelho da Lousã, com passagem em Miranda do Corvo, numa extensão de 42 quilómetros.
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