“O PS está a sofrer as consequências da sua soberba e da sua petulância porque tomou conta de todas as instituições do Estado e isso leva ao enfraquecimento da sociedade portuguesa”, declarou o líder do executivo madeirense (PSD/CDS) aos jornalistas à margem da cerimónia de aniversário da escola da Ponta do Sol, na zona oeste da ilha.
Albuquerque argumentou que, “neste momento, todo o recrutamento político é feito dentro de um grupo que são os dirigentes do PS, os amigos dos dirigentes do PS”, sendo “um grupo restrito que tem o poder em Portugal e todos eles se conhecem há montes de anos”.
Miguel Albuquerque reforçou que deve haver “responsabilidade”, alegando que “existe uma sociedade mais enfraquecida e um PS forte que toma do poder e de todas as instituições em Portugal”.
O líder madeirense criticou a sugestão do primeiro-ministro de criação de "um circuito entre a proposta e a nomeação dos membros do Governo" que assegure "maior transparência e confiança de todos" e permita "evitar desconhecer factos" ao Presidente da República.
“Isso é tudo conversa fiada que não tem sentido nenhum”, sublinhou o governante social-democrata madeirense.
Albuquerque reafirmou que a direção do PSD decidiu abster-se na moção de censura, numa atitude responsável, “porque considerou que um Governo eleito com maioria absoluta há oito meses não devia cair, nem se deve andar constantemente em eleições.”
“Este Governo tem obrigação de governar”, apontou, opinando que “neste momento, a crise política no país resulta das confusões e baralhadas no seio do próprio Governo”.
O responsável enfatizou que “o primeiro-ministro tem que pôr ordem na casa e começar a governar e a cumprir as promessas que fez aos portugueses".
“É fundamental que o Governo se entenda, que os ministros deixem de concorrer uns contra os outros, o primeiro-ministro exerça autoridade no seio do Governo, e consiga fazer recrutamentos fora na sociedade civil, o que pelos vistos já não consegue, e assuma as suas responsabilidades”, afirmou.
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