“Tudo está guardado na memória”, “Sim à memória, não ao medo” e “Sim aos direitos, não à direita” eram algumas das frases expressas em faixas e cartazes empunhados por manifestantes visando Milei, chefe de Estado da extrema-direita empossado em dezembro de 2023, que nega que a ditadura tenha causado mais de 30 mil mortos e desaparecidos, segundo as estimativas de organizações de defesa dos direitos humanos.
Para assinalar o Dia da Memória, o Governo difundiu um vídeo de 12 minutos no qual apresenta “a sua versão” do balanço da ditadura, faz falar vítimas de guerrilhas de esquerda e critica o “negócio de desaparecidos” para financiar organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos.
Este ano, pela primeira vez, as grandes centrais sindicais associaram-se ao dia, que se quer apolítico, embora muito seguido pela esquerda, com mensagens de teor político contra “a miséria planeada”, numa referência ao contexto de austeridade imposto há três meses pelo governo de Javier Milei.
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