De acordo com a polícia londrina, citada pela agência noticiosa, pelo menos cinco pessoas foram presas sob suspeita de incitação ao ódio racial.
A Marcha Nacional pela Palestina no centro de Londres foi o mais recente de vários grandes protestos realizados na capital britânica e em muitas cidades europeias todos os fins de semana desde o início da guerra Israel-Hamas no mês passado.
Os protestos de hoje ocorreram no segundo dia de um cessar-fogo de quatro dias, que permitiu a entrada de ajuda humanitária crítica na Faixa de Gaza e que proporcionou aos civis o primeiro descanso após sete semanas de guerra.
A Polícia Metropolitana disse ainda que os seus agentes prenderam um homem suspeito de incitar ao ódio racial, numa área “perto do início do protesto”, e que carregava um cartaz com símbolos nazis.
Ao longo da tarde de hoje, a polícia disse ter detido outras quatro pessoas que distribuíam “literatura que apresentava uma suástica dentro de uma estrela de David”.
Os agentes distribuíram panfletos na marcha que procuravam esclarecer o que seria considerado uma ofensa criminal, depois de aquela força ter enfrentado a pressão de altos funcionários do Governo para ser mais dura nas alegadas demonstrações de anti-semitismo nos protestos.
“Qualquer pessoa que seja racista ou incite ao ódio contra qualquer grupo deve ser presa. Assim como qualquer pessoa que apoie o Hamas ou qualquer outra organização proibida”, disse à AP o subcomissário assistente da polícia, Ade Adelekan.
“Não toleraremos ninguém que celebre ou promova atos de terrorismo — como o assassinato ou o sequestro de pessoas inocentes ou que espalhe discursos de ódio”, acrescentou.
De acordo com informações da polícia, um contingente de cerca de 1.500 polícias foi destacado para a marcha.
As autoridades esperam que no domingo dezenas de milhares de pessoas participem numa marcha organizada pela organização Campaign Against Antisemitism, para demonstrar solidariedade para com a comunidade judaica no Reino Unido.
Após os ataques do Hamas em território israelita, em 07 de outubro, com 1.200 mortos e 240 reféns, na Faixa de Gaza mais de 14.800 pessoas foram mortas na ofensiva israelita de retaliação, havendo ainda a registar 200 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém pelas forças de segurança israelitas e por ataques de colonos israelitas.
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