Convocada por organizações de esquerda e movimentos antirracista e de apoio aos imigrantes, a manifestação reuniu participantes de todas as idades, incluindo dezenas de famílias.
“O que mais temo é que se vulgarize este tipo de governos, que se tornem o novo normal”, disse à agência France-Presse uma manifestante, Christa, de 55 anos.
Para Tobias Grettica, um alemão de 47 anos, o mais “preocupante é ver o nacionalismo a progredir em todo o lado”.
Nas faixas e cartazes brandidos pelos participantes podia ler-se “Não deixem os nazis governar”, “Fora” ou “Tudo tem um fim”.
Vários dos cartazes exibidos evocavam a anexação da Áustria pela Alemanha nazi, em 1938, e a instalação de um regime fascista no país: “Outra vez não, por favor” ou “Quem tolera Kurz e Strache teria aplaudido 1938″.
O novo Governo austríaco, saído das eleições de 15 de outubro, é liderado pelo jovem conservador Sebastian Kurz, e integrado por seis ministros da extrema-direita, um dos quais, Heinz-Christian Strache, líder do Partido da Liberdade (FPÖ), é vice-chanceler.
O atual Governo, em funções há menos de um mês, é a segunda coligação na Áustria entre os conservadores e a extrema-direita, depois do governo, formado em 2000, pelo ÖVP de Wolfgang Schüssel e o FPÖ de Jörg Haider, alvo de sanções da União Europeia (UE).
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