“As mulheres grávidas não pagam pelos serviços de saúde que precisam durante esse período, as crianças menores de cinco anos também não e isso tudo é feito em coordenação com os nossos parceiros”, afirmou à Lusa a ministra da Saúde, Magda Nely Robalo.
Segundo a ministra, as mães não pagam também as cesarianas “para que possam dispor de um serviço que precisam e não tenham de correr riscos de saúde e até morrer, porque não tem possibilidades financeiras”.
Na Guiné-Bissau, por cada 100.000 nascimentos morrem 900 mulheres.
A taxa de mortalidade materna é uma das mais altas do mundo e há vários parceiros envolvidos a trabalhar com o Governo a nível nacional para contrariar os números.
“As taxas são elevadas e nós temos em algumas regiões aquilo a que chamamos a ‘caça das mães´, onde as mães que têm uma gravidez de risco vão passar um período até ao nascimento do bebé para serem seguidas mais de perto”, disse a ministra.
Magda Nely Robalo explicou que há um trabalho focalizado na mãe e na criança e que também tem foco sobre o reforço do sistema de saúde.
“Ter maior capacidade para fazer cesarianas, ter mais capacidade para as consultas pré-natal, para as ecografias e para o atendimento das mulheres nas consultas, para dar mosquiteiros impregnados para que não sofram de paludismo, que façam o tratamento de prevenção do paludismo durante a gravidez, há todo um pacote dedicado à mãe e criança para que de facto possamos reduzir a mortalidade materna e a infantil”, afirmou.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, na Guiné-Bissau em cada 26 nascimentos uma criança morre.
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