“O Ministério de Negócios Estrangeiros condena o ato de violência contra o deputado Agnelo Regala”, pode ler-se numa nota publicada no Twitter oficial do ministério liderado pelo ministro João Gomes Cravinho.
Na curta mensagem pode ler-se ainda: “o livre exercício da democracia deve ser garantido por um ambiente de segurança e liberdade”.
O deputado guineense Agnelo Regala foi no sábado vítima de um ataque junto à sua residência em Bissau, Guiné-Bissau, tendo sofrido ferimentos numa perna na sequência de disparos feitos contra si, disse à Lusa o próprio.
“Levei um tiro e foram disparados quatro”, disse o também líder da União para a Mudança e proprietário da Rádio Bombolom.
Agnelo Regala contou à Lusa que estava no passeio juntamente com um vizinho quando foram feitos os disparos.
“Passou uma viatura ao fundo da rua e, quando desceu a rua, foi disparado um tiro de dentro da viatura. Baixei-me e fugi e foram disparados mais três tiros”, disse.
A União para a Mudança, na oposição no parlamento da Guiné-Bissau, faz parte do Espaço de Concertação dos Partidos Democráticos guineenses, que esta semana afirmou que o incumprimento da lei para o envio de uma missão militar para o país pode configurar uma invasão pelas forças da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O Espaço de Concertação “condenou sem reservas os sinais de desprezo e desconsideração à soberania da República da Guiné-Bissau por parte das entidades promotoras e autoras da decisão” e exortou a CEDEAO a respeitar os princípios fundamentais que sustentam a organização.
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