José Sarmento de Matos, um estudioso da cidade de Lisboa, morreu este domingo de manhã aos 72 anos, vítima de um cancro de fígado, na sua casa na Estrela, confirmou ao jornal Público o irmão do olisipógrafo, Carlos Sarmento de Matos.

Numa nota de pesar, a ministra destacou que Sarmento de Matos "dedicou à olisipografia a parte maior da sua obra", nomeadamente "aos seus bairros e edifícios e às suas gentes, construindo com os seus textos uma paisagem orgânica e habitada, uma urbe que, como o historiador gostava de dizer, nunca é um gesto isolado".

"José Sarmento de Matos fica também ligado a um dos momentos mais significativos da história recente da cidade de Lisboa, a Expo 98, tendo participado ativamente no desenvolvimento dos primeiros esboços desta exposição mundial, juntamente com António Mega Ferreira e Vasco Graça Moura. Esta participação permitiu também que ficasse ligado à toponímia e à paisagem da cidade que escolheu como sua disciplina, tendo dado o nome às ruas do Parque das Nações", acrescentou.

Além de ter sido cronista na imprensa escrita, Sarmento de Matos foi autor de livros como "A Invenção de Lisboa", "Caminho do Oriente" e "Uma casa na Lapa".