“Qualifico como um golpe a proposta do Presidente Nicolás Maduro de convocar uma Assembleia Constituinte na Venezuela. É mais um momento de ruptura da ordem democrática, contrariando a própria Constituição do país”, escreveu Aloysio Nunes na rede social Facebook.
O representante do Governo brasileiro destacou ainda que “esta Constituinte não é uma Constituinte como foi feito no Brasil, na qual todos os brasileiros votaram e elegeram seus representantes”.
“Na Venezuela, quem os vai eleger são organizações sociais controladas pelo Presidente Maduro para fazer uma Constituição de acordo com o que ele quer”, escreveu ainda.
Deste que tomaram o poder em agosto do ano passado, após a destituição da ex-Presidente Dilma Rousseff, os ministros escolhidos pelo Presidente Temer para comandar a chancelaria do Governo brasileiro na Venezuela têm-se mostrado muito críticos as ações de Nicolás Maduro.
Na segunda-feira, o Presidente Nicolás Maduro convocou os cidadãos de seu país para elegerem uma Assembleia Nacional Constituinte cidadã, para preservar a paz e a estabilidade da República.
Em resposta à proposta, o grupo da oposição venezuelana Mesa de Unidade Democrática pediu que a população saia à rua nas principais cidades do país.
As marchas a favor e contra o Presidente venezuelano, intensificaram-se há um mês e, segundo dados oficiais, 28 pessoas morreram.
Fontes não oficiais elevam para 34 o número de mortos em manifestações, nas quais mais de 500 pessoas ficaram feridas e mais de 1.300 foram detidas.
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