“Mas é preciso continuar (…). Temos que começar a garantir, de forma sistemática, um aumento da despesa pública [das instituições de ensino superior] a ritmos consideráveis”, sustentou, reiterando que, sem o aumento na despesa pública, não é possível estimular o crescimento da despesa privada (das empresas).
Manuel Heitor comentava, em declarações à Lusa, os dados hoje divulgados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, segundo os quais a despesa em investigação e desenvolvimento cresceu, em 2016, mais 113,3 milhões de euros, para 2.347,7 milhões de euros, face a 2015, representando 1,27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
O ministro entende que seria desejável que, entre 2018 e 2022, houvesse um aumento mínimo na despesa pública de 50 milhões de euros anuais, para que a despesa privada no setor crescesse 200 a 300 milhões de euros por ano.
Deste modo, assinalou, o investimento global em ciência e inovação atingiria 2,15% do PIB em 2022.
“Se fizermos isso, damos um pulo na especialização económica como nunca antes tínhamos dado”, advogou.
Questionado sobre se a meta, em termos de investimento público, começa a ser plasmada no Orçamento do Estado para 2018, referiu apenas que o documento “está em discussão no Governo”.
“Estamos a trabalhar para isso, o orçamento ainda não está definido”, afirmou, evasivo.
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