“Tenho conhecimento evidentemente, mas não vou comentar, de algumas das reivindicações associadas ao desbloqueamento de carreiras, à progressão. Isso vai estar e vai continuar a ser ponderado evidentemente tendo em vista, como é óbvio, que não haja discrepâncias, que não haja faltas de equidade e isto tudo, segundo creio, será sempre salvaguardado”, afirmou Azeredo Lopes.
Questionado pela Lusa à margem de uma visita às unidades militares de Medicina Veterinária e à Unidade Militar Laboratorial de Defesa Biológica e Química, em Lisboa, Azeredo Lopes alertou que o Governo tem de ter em conta a “questão da escassez de recursos”.
O ministro da Defesa Nacional frisou que algumas das associações representativas foram recebidas “em fevereiro pelo secretário de Estado da Defesa Nacional” e que também já recebeu as diferentes organizações.
Interrogado sobre o conjunto de iniciativas públicas anunciadas pelas associações socioprofissionais de militares e pelos sindicatos das forças de segurança, entre as quais a participação no desfile popular comemorativo do 25 de Abril de 1974, em Lisboa, o ministro sublinhou que “é um direito fundamental” desde que “em determinados limites”.
“Não vou comentar a possibilidade do exercício, em determinados limites evidentemente, do que é um direito fundamental, que é o direito de expressar reivindicações, quer estatutárias, quer de outra natureza”, respondeu.
Em conferência de imprensa conjunta, no passado dia 17, as estruturas representativas dos polícias e dos militares anunciaram a realização de uma vigília junto da Presidência da República, com início dia 02 de maio e sem data para terminar, e adiantaram também que vão participar na manifestação do dia 25 de Abril, em Lisboa e no Porto.
Os polícias e militares exigem o descongelamento de carreiras e a contagem do tempo em que estiveram congeladas, entre 2011 e 2017, tal como está previsto no Orçamento do Estado de 2018.
Depois de terem enviado uma moção ao primeiro-ministro e um documento ao Presidente da República para exigirem o descongelamento das carreiras, como está previsto no Orçamento do Estado de 2018, os dirigentes das estruturas que representam os elementos das forças de segurança e militares das Forças Armadas realizaram o encontro com os jornalistas, devido “a ausência de soluções concretas”.
A conferência de imprensa foi realizada pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Nacional de Sargentos, Associação de Oficiais das Forças Armadas e Associação de Praças, Associação Nacional de Sargentos da Guarda e Sindicato Independente dos Agentes de Polícia.
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