“Os portugueses podem estar tranquilos como eu espero que possam estar tranquilos os alemães, os franceses, os espanhóis. Isto não significa fechar os olhos perante situações, umas de maior outras de menor gravidade, que têm hoje dimensão global”, afirmou à Lusa o ministro da Defesa.
O governante, que falava no final de um colóquio sobre o papel dos caminhos-de-ferro na guerra, lembrou ainda o “envolvimento convicto e responsável de Portugal no esforço para o combate ao terrorismo transnacional” que “a dar resultados muito significativos e antevê-se como possível que se impeça a partir de certa altura o ‘daesh’ de deter controlo territorial”.
“Quando não detiver controlo territorial é evidente que [o ‘daesh’] vai estar mais frágil do que até agora (…) e isso é um passo muito positivo”, realçou o governante, admitindo que “Portugal pode [ser um alvo]” daquela organização terrorista.
Explicou porém que “não é dizendo que Portugal não está [nos alvos do ‘daesh’] que Portugal deixa de estar”, mas sim “procurando fazer o trabalho bem feito”, tal como as Forças Armadas portuguesas têm feito.
“Que as pessoas percebam que quando as nossas Forças Armadas estão a representar Portugal na República Centro-Africana, também estão a ajudar a combater esses fenómenos, evitando que eles se aproximem ou se tornem mais capazes de atingir o nosso território”, referiu.
Azeredo Lopes assinalou ainda que a ausência de ataques em Portugal não pode ser vista “como um exemplo de êxito” mas que “deve querer significar alguma coisa” que Portugal seja uma “sociedade aberta, plural, tolerante, multirreligiosa” e ao mesmo tempo tenha sido poupada até agora.
Questionado se os portugueses devem começar a armazenar comida e água, à semelhança do que foi aconselhado aos alemães, o ministro respondeu: “não, eu aconselharia que o fizessem como fazem todos os meses, procurando gastar o menos possível”.
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