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No seu relatório de 125 páginas, Countering Hybrid Warfare: An Active Strategy, publicado a 18 de novembro, Guido Crosetto denuncia a “inércia” do Ocidente face a ataques cada vez mais ousados e potencialmente catastróficos. Segundo o ministro, estas ações afetam infraestruturas críticas, centros de decisão, serviços essenciais e o próprio tecido social dos países, com riscos diários de danos graves.

Entre os exemplos citados, o jornal Politico diz que Guido Crosetto menciona ataques de ciberespionagem por grupos ligados ao serviço militar russo a empresas de defesa, transporte e tecnologia que apoiam a Ucrânia; incêndios em depósitos de equipamento destinado à Ucrânia na Polónia; o uso de migrantes pela Bielorussia para desestabilizar a Polónia; drones de origem desconhecida a sobrevoar aeroportos europeus; e tentativas de influenciar eleições, como na Roménia. Entre janeiro e julho de 2025, o think tank Globsec contabilizou mais de 110 atos de sabotagem e ataques em países como Polónia e França ligados à Rússia.

Guido Crosetto critica a lentidão da resposta do Ocidente, limitada por processos democráticos, consensos da UE e da NATO, e alerta que a Rússia está a explorar esta assimetria para “vencer por atrito”. O relatório sublinha ainda que outros países, como China, Irão e Coreia do Norte, representam ameaças semelhantes através de desinformação e manipulação da opinião pública, que afetam a confiança, a resiliência e a estabilidade política dos estados.

Para responder a esta ameaça, Guido Crosetto propõe a criação de um Centro Europeu de Combate à Guerra Híbrida, equipado com uma força cibernética de 1.500 elementos, e unidades militares especializadas em inteligência artificial, proteção de cadeias de abastecimento e combate à desinformação. O ministro apela a uma reação imediata e coordenada, considerando que a guerra híbrida é contínua e que “as bombas híbridas continuam a cair diariamente”, pelo que “o tempo de agir é agora”.

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