"Portugal pode ser competitivo em muitos setores, mas não pode nunca esquecer que a agricultura é um desses setores e é um setor em que, quando fazemos bem, quando fazemos produtos diferenciados, quando fazemos produtos usando a melhor tecnologia, estamos a criar valor e estamos a criar emprego", afirmou Manuel Caldeira Cabral.

Após ter almoçado debaixo de videiras e visitado a herdade do maior produtor de uvas de mesa em Portugal, situado no concelho de Ferreira do Alentejo, distrito de Beja, o ministro disse aos jornalistas que as exportações agrícolas portuguesas "têm estado a crescer muito bem nos últimos três anos e continuam este ano a crescer e isso decorre de um conjunto de projetos muito diversificado".

Trata-se de projetos agrícolas que vão desde a produção de frutas e de vinhos, que "têm tido um comportamento muito interessante", até às culturas de regadio, com é o caso do Alentejo e graças "à expansão do Alqueva, na qual o Governo tem tido muito empenho", exemplificou.

A produção agrícola permitida pelo Alqueva tem tido "um peso importante" no equilíbrio da balança comercial agrícola portuguesa, "mas não é apenas" esta, já que Portugal também está "a exportar mais vinho verde e do Douro", os quais "não estão a beneficiar do Alqueva", frutas, legumes frescos e "muitos frutos vermelhos".

De acordo com o ministro, a "mudança" que houve na agricultura em Portugal deveu-se "sem dúvida" ao investimento que se fez em projetos de irrigação, como o Alqueva, "mas não é o único", em "muitas unidades de produção agrícola" com maiores escalas, "mas também à melhor organização dos agricultores e das estruturas de comercialização" e a "uma melhoria muito grande na comercialização e na promoção dos produtos portugueses".

"Nos últimos anos, temos visto uma nova vida na agricultura alentejana", com "projetos de média e grande dimensão, muito bem estruturados, com irrigação" permitida pelo Alqueva e "virados para fora", ou seja, para o mercado de exportação, sublinhou.

O ministro disse que também "é muito interessante" a associação que está a ser feita entre agricultura e o turismo em Portugal, destacando que no país há um "potencial enorme" para a ligação entre os dois setores.

Com esta ligação, "a agricultura sai valorizada, quando promove os seus produtos ao nível do truísmo, porque cria clientes que ao conhecerem melhor o produto também o valorizam mais, mas também o turismo sai muito valorizado pelo genuíno, pelo encontrar o único, pela diferenciação que a agricultura pode criar", explicou.

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