Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas numa conferência de imprensa sobre o surto de sarampo que atinge Portugal, onde já foram confirmados 21 casos da doença, um dos quais acabou por resultar numa morte.
A jovem, de 17 anos, morreu “na sequência de uma situação clínica infeciosa com pneumonia bilateral – sarampo”, segundo uma nota do Hospital Dona Estefânia, onde estava internada desde o fim de semana.
Na conferência de imprensa, o ministro confirmou que a jovem não estava vacinada contra o sarampo, mas, questionado sobre se estes pais podem eventualmente ser acusados de negligência, foi perentório: “A última coisa que faremos é, perante uma família que está em sofrimento, especular sobre qualquer tipo de juízo de valor comportamental de pai ou de mãe”.
“Não se trata de fazer nenhum sacrifício público de ninguém e muito menos numa hora dolorosa para uma família que merece o respeito de todos”, garantiu, acrescentando: "Não julgamos pais, não fazemos juízos de valor. Por vezes, por falta de informação, são levados a tomar as medidas erradas. O valor da vacina é superior à vantagem individual", acrescentou.
Neste encontro com a imprensa, Adalberto Campos Fernandes já tinha afirmado que se assiste atualmente “a um combate muito desleal entre a ciência e a opinião”.
“A melhor resposta é a prevenção. É tempo de parar com a opinião e a especulação sobre a evidência científica", afirmou.
Adalberto Campos Fernandes apelou ainda à população para confiar no sistema de saúde e na capacidade de uma comunidade "solidária e responsável".
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