O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, já tinha enviado no sábado os seus pêsames ao povo português e à família de Mário Soares, considerando o ex-Presidente um grande europeísta e figura decisiva na democracia portuguesa.

“Os meus sentidos pêsames ao povo português e à família de Mário Soares, grande europeísta e homem decisivo na democracia lusa”, escreveu Rajoy na sua conta da rede social Twitter.

De Espanha também estará presente uma delegação do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) liderada por Felipe Gonzalez, o líder histórico dos socialistas espanhóis e ex-presidente do Governo do país vizinho.

Mário Soares morreu no sábado, em Lisboa, e o Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e quarta-feira.

O corpo do antigo Presidente da República vai estar em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos a partir das 13:00 de hoje.

O funeral de Estado, o primeiro desde o 25 de Abril, realiza-se a partir das 15:30 de terça-feira, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, e contará com as presenças dos Presidentes do Brasil e de Cabo Verde, além de outras personalidades internacionais, como o presidente do Parlamento Europeu.

Nascido a 7 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado, combateu a ditadura do Estado Novo e foi fundador e primeiro líder do PS.

Após a revolução do 25 de Abril de 1974, regressou do exílio em França e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, tendo pedido a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e assinado o respetivo tratado, em 1985.

Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.