“É muito importante todo o país ter consciência dos riscos associados aos fenómenos climatéricos e este é um ano, pelas suas condições, de maior risco que se antecipa, que exige de todos maiores cuidados”, alertou o governante à margem do encontro nacional de sapadores florestais realizado em Caminha, distrito de Viana do Castelo, a propósito do dia nacional daqueles profissionais que se assinala no sábado.
Depois de ter sido divulgado que naquele distrito do Norte do país já ardeu nos primeiros meses de 2022 o mesmo que em todo o ano de 2021, Duarte Cordeiro disse ser esta uma fase onde é necessário “ter muito cuidado com as ações que acarretam riscos do ponto de vista de incêndio”, uma mensagem que, destacou, “tem de ser transmitida a todos os portugueses”.
Considerando haver um "risco evidente", que motiva uma particular "atenção e cuidado", o ministro do Ambiente destacou também o trabalho que está a ser feito pelos sapadores.
“Não é visível, mas é importante valorizar o seu trabalho e o empenho do Governo em dar cada vez mais condições às equipas e mais meios para realizarem melhor o seu trabalho”, afirmou.
O governante respondia também assim ao apelo lançado momentos antes pelo presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil, Miguel Alves, para a criação da carreira e estatuto dos Sapadores Florestais.
“É um trabalho que está a ser feito, quer ao nível do enquadramento profissional quer dos meios para o seu trabalho. É uma das várias questões que temos neste mandato. Não tenho nenhum calendário definido, mas tenho bem presente é um dos assuntos que nos interessa. Queremos equipas motivadas, com condições para desempenhar o melhor trabalho possível”, afirmou.
Duarte Cordeiro disse que as equipas de Sapadores criadas em 1999 são “um dos projetos mais bem-sucedidos da área governativa das florestas”, adiantando que, atualmente estão operacionais 411 com área de intervenção em 158 municípios.
“O Governo tenciona em 2022 lançar concurso para a constituição de mais equipas de sapadores”, disse, sublinhado que o investimento do Governo nestas brigadas “passou, em 2015, de 7,5 milhões de euros, para quase 17 milhões de euros em 2021, representando um crescimento de 55%".
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