Durante uma visita do primeiro-ministro, António Costa, à obra de construção da futura ligação entre a Linha da Beira Baixa e a Linha da Beira Alta, na Guarda, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas referiu que a ferrovia, para além da infraestrutura, "é também material circulante".
Segundo o governante, se existiu "um período anterior muito difícil, com a redução de recursos humanos significativos na CP e na EMEF, com congelamento de todos os processos de aquisição de material circulante para a CP" agora existe "uma realidade diferente".
"Voltámos a ter mais recursos humanos na EMEF, voltámos a ter autorização para contratar mais recursos humanos para a EMEF, mais 102 pessoas que estão já em processo de contratação e mais 40 recursos humanos que sairiam da empresa, aliás dez já tinham saído, que estavam em situação de precariedade, e já não saem da empresa e estão a regressar à empresa, e são mais 40 recursos humanos permanentes na capacidade de manutenção ferroviária", anunciou.
No seu discurso, Pedro Marques lembrou ainda que o Governo fez, "em tempo recorde", o reforço do aluguer de material circulante a Espanha, "que há de chegar no início do ano para reforçar a capacidade de material circulante 'diesel' deste país".
O governante disse ainda que na quinta-feira, "pela primeira vez nos últimos vinte anos", o Governo autorizou a aquisição de novos comboios para a CP, com prioridade para as linhas regionais, referindo que, com a decisão foi dado "um passo enorme", que considera "um marco histórico, porque não havia Governo nenhum que autorizasse a aquisição de material circulante".
"São 170 milhões de euros de investimento autorizado ontem [quinta-feira] pelo Conselho de Ministros e agora em processo que há de levar ao lançamento dos concursos, a aquisição desse material circulante, outra vez em direção à coesão regional, porque é para as Linhas Regionais que este material circulante há de chegar", explicou no discurso proferido hoje na Guarda, durante a visita à obra de construção da futura ligação entre a Linha da Beira Baixa e a Linha da Beira Alta.
A Infraestruturas de Portugal (IP) iniciou obra em 05 de março e deve ficar concluída no terceiro trimestre de 2019.
A obra de construção da nova ligação ferroviária, que integra a empreitada de modernização do troço entre a Covilhã e Guarda, da Linha da Beira Baixa, prevê a construção de uma via única eletrificada, com 1.500 metros de extensão e a execução de uma nova ponte ferroviária sobre o rio Diz.
Num investimento total de 52 milhões de euros, a empreitada de modernização da linha da Beira Baixa, compreende ainda a renovação integral de 36 km de via e a eletrificação total do troço, entre outras intervenções.
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