“É fundamental que as pessoas percebam e que tenham consciência da existência de arribas instáveis, junto às quais não podem permanecer por razões da sua própria segurança”, disse à agência Lusa a vereadora da Câmara de Albufeira com o pelouro da Proteção Civil, Ana Vidigal.

As ações de sensibilização da iniciativa “Arribas! Colabore — Evite o Acidente!” decorrem em 20 das 25 praias do concelho, em conjunto com a Autoridade Marítima Nacional, a Polícia Marítima e a Associação de Nadadores Salvadores de Albufeira (ANSA), ao longo dos meses de julho e agosto.

A informação que alerta para os principais riscos de queda das arribas e a forma de evitá-los é distribuída em folhetos, em português e em inglês, aos utentes das praias, nos acessos ao areal.

“Além da entrega da informação, é feita uma abordagem pessoal, na qual são explicados os procedimentos de segurança que os banhistas têm para se prevenirem dos riscos a que ficam expostos ao colocarem-se em zonas de perigo”, frisou a vereadora.

Segundo Ana Vidigal, a iniciativa pretende ser “acima de tudo um meio de reduzir os riscos nas praias, porque o problema da instabilidade das arribas é real, sendo fundamental que os veraneantes adotem medidas preventivas, respeitem a sinalização de perigo, frequentem praias vigiadas, evitando abrigarem-se do sol e do vento na base das arribas”.

“Devido à erosão natural, o risco de queda de detritos é permanente”, alertou.

A autarca acrescentou que a campanha tem tido “boa aceitação e compreensão” de todas as pessoas, que ficam sensibilizadas e procuram locais no areal longe das zonas de risco.

“Temos verificado que, cada vez mais, as pessoas ficam afastadas das designadas zonas de perigo, o que nos faz crer que os alertas têm tido os resultados esperados”, destacou.

Dois dos utentes das praias disseram à Lusa que “a campanha é benéfica para alertar os mais desprevenidos sobre um problema que, por vezes, se pensa que só acontece aos outros”.

Carlos Figueiredo, que todos os anos utiliza as praias de Albufeira (distrito de Faro), disse à Lusa que não tem por hábito frequentar locais junto às arribas, “até porque está presente na memória o acidente ocorrido na praia Maria Luísa”.

Em 2009, a derrocada de um penedo causou a morte a cinco pessoas na praia Maria Luísa, em Albufeira, no acidente mais grave envolvendo arribas registado em Portugal.

A vereadora com o pelouro da Proteção Civil disse ainda que os alertas sobre a queda das arribas se estendem às escolas do concelho, “para que a sensibilização se inicie nos mais jovens, os quais têm um papel preponderante para chamarem a atenção dos pais”.

“O que nós queremos é que passem a palavra. É preciso sensibilizar e nós, cidadãos, temos essa responsabilidade, porque a proteção civil é uma responsabilidade de todos”, concluiu a autarca.

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