Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita a uma futura residência universitária em Lisboa, Luís Montenegro foi questionado sobre uma notícia da SIC, que citando fonte do Ministério das Finanças, refere que os fundamentos jurídicos da decisão de despedir o chairman e a CEO da TAP, com justa causa, “estão e sempre” estiveram no parecer da Inspeção-Geral das Finanças (IGF).
“Infelizmente, temos um Governo, um primeiro-ministro e quatro ministros que estão a brincar com os portugueses (…) Ontem, o Governo, através de mais do que um ministro, disse que não era possível dar a informação porque continha elementos necessários à defesa do Estado em eventuais litígios. Afinal é o parecer da IGF que já é público há mais de um mês e meio?”, questionou o social-democrata.
Montenegro acusou o Governo de agir, nesta matéria, com “ligeireza, leviandade e falta à verdade” e questionou “quem é que afinal em Portugal não está preparado para governar”.
“Acho que o primeiro-ministro vai ter de falar ao país. O primeiro-ministro anda desaparecido, a ver se consegue navegar mandando os seus adjuntos à frente para ocuparem o espaço mediático”, criticou, desafiando António Costa a esclarecer “em que baseou o seu Governo os despedimentos” que disse serem por justa causa.
Montenegro apontou, em concreto, aos ministros das Finanças, Infraestruturas, Assuntos Parlamentares e Presidência do Conselho de Ministros: “Porque é que não dizem as coisas à primeira, porque é que temos de andar sempre aqui de saca-rolhas para depois descobrir que há sempre habilidades metidas ao barulho?”, questionou, dizendo que falta cada vez mais “autoridade política” ao Governo.
Questionado se o PSD irá apresentar uma moção de censura ao Governo, Montenegro respondeu que os sociais-democratas “neste momento” irão concentrar-se em “denunciar o estado de degradação” do executivo.
“Este Governo só pode cessar funções ou por se demitir ou por ser demitido e isso não está na esfera de ação do PSD. Nós estaremos preparados se o momento eleitoral for antecipado e tão mais preparados quanto os atuais governantes demonstram estar mesmo muito mal preparados”, acrescentou.
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