“O Governo foi instado, ontem e anteontem [quinta e quarta-feira] no parlamento, a dizer ao país e à Assembleia da República o que é que estava a acontecer com o processo da Efacec, que foi nacionalizada por vontade do PS, e não respondeu no parlamento”, começou por dizer o líder social-democrata.

Montenegro concluiu depois que o executivo ocultou a informação que tinha ao parlamento.

“Veio a saber-se que o processo tinha abortado, o processo de reprivatização, o que quer dizer que o Governo, mais uma vez, sonegou ao país e ao parlamento informação que já tinha” e “isso é gravíssimo”, acusou.

O presidente do PSD considerar haver “uma utilização abusiva de uma maioria absoluta que faz com que o primeiro-ministro e os ministros sintam que são comportamentos normais aqueles que têm tido de não dar explicações ao país sobre matérias importantes”.

Luís Montenegro falava aos jornalistas à margem da abertura da 30.ª Festa da Castanha, em Sernancelhe, onde corroborou as palavras de hoje do seu vice-presidente Paulo Rangel, que disse, em entrevista  conjunta à TSF e ao Diário de Notícias, que o primeiro-ministro está com “tiques de poder absoluto” e, na última semana, fez “bullying democrático” com toda a oposição.

“Faz ‘bullying’ democrático para desviar as atenções. O Governo tem-se apoiado em matérias para desviar e para distrair os portugueses daquilo que é essencial, tem evitado o escrutínio no parlamento, nomeadamente inviabilizando a ida de ministros, acontece todas as semanas no parlamento”, acusou.

O próprio primeiro-ministro, continuou, “negou-se esta semana a ir dar a sua explicação acerca do acordo que obteve ou que construiu com o Presidente francês e com o chefe do governo espanhol a propósito das interconexões energéticas”.

A venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída “dado não se terem verificado todas as condições necessárias à concretização” do acordo de alienação, informou o Governo na quinta-feira.

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