“Eu aqui não ouço nada a esse propósito, creio que é um 'fait diver' que dá muito jeito a António Costa”, disse Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE), em Bruxelas.

Na opinião do presidente social-democrata, a questão, levantada no final da semana passada, vai “entretendo com aquilo que se diz na praça pública e escondendo a falta de médicos nos centros de saúde, a falta de professores nas escolas, o recorde de carga fiscal que a cada mês” os portugueses acumulam.

António Costa “impõe um sacrifício que é excessivo até para cumprir um montante de receita fiscal e contributiva que já era o maior de sempre”, completou Luís Montenegro.

No início desta semana, António Costa disse que não estava disponível para vir a ocupar qualquer cargo nas instituições da União Europeia, depois das eleições de junho de 2024, em resposta a uma notícia do Público que referia que o primeiro-ministro poderia ir para o Conselho Europeu.

António Costa explicou que não vai aceitar qualquer missão que coloque em causa a estabilidade do país.

“Eu sou o garante da estabilidade. Já expliquei a todos que não aceitarei uma missão que ponha em causa a estabilidade em Portugal. Alguma vez eu poria em causa a estabilidade que tão dificilmente conquistei?”, questionou.