Falando na Costa Nova, Ílhavo, durante a visita que está a fazer ao distrito de Aveiro, Luís Montenegro devolveu a Pedro Nuno Santos o argumento da incapacidade de decisão.
“Há muitos que prometem a capacidade de decisão, mas que são a demonstração cabal de que entre aquilo que dizem e aquilo que fazem há uma enormíssima diferença”, declarou Montenegro aos jornalistas, numa referência ao novo líder do PS, que tutelou as Infraestruturas entre 2019 e 2023.
O líder do PSD deixou a interrogação: “quem é que tutelou nos últimos anos a habitação e as infraestruturas?”, pedindo depois a comparação entre “aquilo que foram as sessões de apresentação de grandes projetos e o resultado”.
Luís Montenegro disse ter voltado a encontrar os mesmos problemas da última campanha eleitoral, no périplo pelo distrito de Aveiro, para se vangloriar da vitória que alcançou sobre Pedro Nuno Santos no distrito.
“Foi uma campanha de boa memória para mim, particularmente em 2015, porque, apesar de todos os constrangimentos do ciclo político 2011/2015, nós obtivemos aqui uma expressiva vitória, curiosamente, com os dois cabeças de lista de lado do PSD e do lado do PS, que hoje são os respetivos líderes partidários”, lembrou.
Além de voltar a acentuar as diferenças entre PS e PSD, Montenegro criticou os benefícios concedidos a quem não está no ativo, reclamando o aumento de salários e redução da carga fiscal de quem trabalha.
“Nós temos a convicção de que um país não é verdadeiramente justo quando há pessoas que não trabalham com rendimento líquido mensal superior às pessoas que trabalham”, declarou.
No entanto, defendeu a proteção das pessoas vulneráveis, nomeadamente dos pensionistas.
“Nós temos uma proposta para melhorar o rendimento dos pensionistas, garantindo um rendimento mínimo de 820 euros até ao final da próxima legislatura”, reiterou.
Luís Montenegro disse ainda estar preocupado em dar um médico de família a todos os cidadãos que vivem em Portugal, “uma promessa que o governo anterior não só não se conseguiu cumprir, como ainda se agravou a situação em 2023”.
Proferiu também palavras de preocupação sobre “a escola pública em crise”, com “muitos portugueses a usarem as economias das suas famílias para proporcionarem aos jovens estudantes uma resposta que o sistema público não dá”.
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