De acordo com Carlos Faia Fernandes, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), estão encerrados o Palácio da Pena, o Palácio da Vila, Monserrate e os Capuchos.
Contactado pela Lusa, o dirigente sindical fez um balanço positivo do primeiro de dois dias de greve dos trabalhadores da Parques de Sintra – Monte da Lua, que exigem “negociações sérias” para garantirem direitos fundamentais, como os horários de trabalho e equidade entre todos.
“Os trabalhadores já tinham estado em greve na semana da Páscoa e, logo a seguir, foram convocados para negociar com a administração um acordo de empresa. O problema é que, de negociação, teve pouco. Houve algumas propostas que foram acolhidas, mas a maioria não. Houve algumas cedências como um aumento de cerca de 100 euros, mas a questão é que com esse aumento vem uma série de cláusulas que desregulam o horário de trabalho”, contou em declarações à Lusa na quarta-feira o mesmo dirigente
O sindicalista disse ainda que os trabalhadores reivindicam a integração na nova tabela salarial seja feita de “forma justa e transparente”.
A Lusa contactou igualmente a Parque de Sintra, que confirmou o encerramento de todos os espaços, à exceção do Palácio Nacional de Queluz, esta manhã.
Numa nota enviada na Lusa na quarta-feira, a empresa indicou que iniciou em 05 de abril um processo negocial para a revisão do Acordo Coletivo de Trabalho com o SINTAP e o STAL, que visava “a atualização das tabelas salariais, uma clara melhoria das condições de trabalho e a valorização da antiguidade”.
“Foi alcançado um acordo com o SINTAP, que aprovou o documento em plenário de trabalhadores, tendo a proposta sido enviada em 17 de maio para o acionista Estado para aprovação”, acrescentou.
De acordo com a mesma fonte, esta negociação permitiu alcançar um acordo que “garante a sustentável valorização da sua massa salarial, o funcionamento operacional e o futuro da empresa”.
A Parques de Sintra — Monte da Lua conta com cerca de 300 trabalhadores e tem como acionistas a Direção-Geral do Tesouro e Finanças, o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra, no distrito de Lisboa.
A empresa é responsável pela gestão do Parque e Palácio de Monserrate, Castelo dos Mouros, Palácio Nacional de Sintra, Parque e Palácio Nacional da Pena, Convento dos Capuchos, Chalet e Jardim da Condessa d’Edla, Farol do Cabo da Roca, Palácio Nacional e Jardins de Queluz, Vila Sassetti, Escola Portuguesa de Arte Equestre e Santuário da Peninha.
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