A morte do desenhador foi confirmada pelo Museu Bordalo Pinheiro, através de uma publicação no sábado, na sua conta oficial na rede social Facebook.

"A notícia da morte de Eduardo Salavisa era esperada, mas não é por isso que nos causa menos tristeza, porque nunca estamos preparados para perder amigos", refere o Museu, onde está patente a sua mais recente exposição, "Um Cadeirão e 96 Retratos".

Segundo o jornal Público, o desenhador morreu vítima de cancro pancreático.

"Os mais próximos sabiam que a exposição 'Um Cadeirão e 96 Retratos' era uma despedida dos seus amigos e como que uma herança para todos os que foram ao museu e quiseram ser por ele desenhados", salientou o Museu Bordalo Pinheiro.

A exposição, que era para encerrar hoje, vai ser mantida até 15 de novembro, avançou o museu.

Eduardo Salavisa nasceu e viveu em Lisboa, tendo estudado na Escola de Belas Artes, onde se licenciou em Design de Equipamento.

Foi professor no ensino secundário e, a determinada altura, interessou-se pelos diários de viagem, pelo "registo sistemático do quotidiano, pelo seu caráter lúdico e simultaneamente didático", refere o Museu Bordalo Pinheiro, na nota biográfica publicada no seu 'site'.

Eduardo Salavisa foi também um dos fundadores dos Urban Sketchers, comunidade de artistas que fazem desenhos do quotidiano e dos locais por onde passam.

"O Eduardo além de ser a maior referência do universo dos diários gráficos e do 'urbansketching' em Portugal e uma das grandes referências no mundo, foi um dos fundadores da Associação, e tem sido um elemento estrutural da mesma desde a sua origem, sendo membro integrante de praticamente todas as direções, com exceção da atual", afirmou a Associação Urban Sketchers, numa publicação no seu blogue.