“Guilherme Pinto morreu em casa, junto da família e de modo tranquilo, após mais de dois anos de luta contra a doença”, refere o comunicado da autarquia, acrescentando que o velório decorre no salão nobre dos Paços do Concelho a partir das 09:00 de hoje.

O autarca apresentou no início da semana o pedido de renúncia ao mandato, devido ao seu estado de saúde, uma decisão que produziria efeito a partir de 01 de fevereiro.

Na terça-feira, um dia depois de renunciar ao mandato (o terceiro que cumpria), Guilherme Pinto anunciou o seu regresso formal ao PS, que deixou em 2013 para apresentar uma candidatura autárquica independente com a qual venceu as eleições desse ano.

O regresso, explicou, surgiu “em sinal de agradecimento” pelo apoio recebido do partido, “sem trair o estatuto de independente com que se apresentou nas eleições autárquicas de 2013”.

“Isto é algo que só foi possível graças a António Costa e à relação excecional que mantenho com ele”, afirmou Guilherme Pinto, que viu a sua ficha de reingresso assinada pelo próprio secretário-geral do partido e pelo presidente da Federação Distrital do Porto, Manuel Pizarro.

Guilherme Pinto apresentou também o pedido de demissão de diversos cargos que desempenhava, nomeadamente a presidência do Fórum Europeu de Segurança Urbana, a presidência do Conselho de Administração da Rede Europeia das Cidades e Escolas de Segunda Oportunidade e a presidência da Casa da Arquitetura.

O autarca iria encabeçar a Comissão de Honra da candidatura socialista da deputada Luísa Salgueiro à Câmara de Matosinhos.

Vice-presidente da Câmara de Matosinhos desde 2001, Guilherme Pinto apresentou, pelo Partido Socialista, a sua primeira candidatura à liderança da autarquia em julho de 2005, numa altura em que profundas clivagens haviam marcado o PS local.

Nas últimas eleições autárquicas, em 2013, apresentou-se como independente contra o líder da concelhia do PS e presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos, António Parada, que também decidiu avançar.

Enquanto candidato independente, acabou por vencer por maioria absoluta as eleições de setembro de 2013, pondo fim àquele que era um bastião socialista há 37 anos.

“Fizemos história", disse por várias vezes no seu discurso de vitória, referindo que, quando os cidadãos querem, não se fica sujeito "à ditadura dos partidos".

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